Guia para a Produção de Conteúdos.

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Guia para a Produção de Conteúdos. 5

Uma das áreas que causam mais dificuldade no marketing é a produção de conteúdos. Mesmo para quem tem mais experiência, muitas vezes não é fácil produzir conteúdo continuamente. Neste artigo, vamos abordar a produção de conteúdos de uma forma pragmática, desde o conceito e as variáveis que temos de ter em conta para produzirmos conteúdo eficaz, até ferramentas que nos ajudam a desbloquear criativamente ou ilustrar mais expeditamente os nossos textos.

O que é conteúdo?

Nos últimos anos, com a democratização da produção de conteúdos online (com redes sociais, plataformas de partilha de vídeo, aplicações de partilha multimédia, etc.), o conceito de conteúdo foi perdendo força. Hoje em dia, toda a gente diz que produz conteúdo, quando na realidade, o que fizeram foi tirar uma foto ou gravar um vídeo, que na maioria dos casos não tem substância nenhuma. E esse é o verdadeiro significado da palavra conteúdo, o assunto, o que está contido num determinado formato. Se tudo o que se publica online é conteúdo, um vídeo de alguém a cair ou a fazer caretas para uma câmara também o é, mas só se o seu objetivo for apenas o entretenimento. Mas, no marketing, o conteúdo meramente lúdico é praticamente irrelevante.

Conteúdo relevante.

Aplicado ao marketing, o assunto ou substância é o que mais importam. Todo o conteúdo que produzimos tem um objetivo, seja ele criar consciencialização da nossa marca, construir autoridade, levar à realização de ação ou simplesmente gerar tráfego. Um conteúdo pode (ou deve) ter mais de um objetivo, dependendo da estruturação do mesmo. É por isso que o objetivo tem de ser claro desde o início.

A sua estrutura tem de ser eficaz. Devemos começar por chamar e prender a atenção. Uma forma de o fazermos é fazer uma pergunta que sabemos estar na cabeça do nosso público alvo. Se o público não achar que o que vamos dizer é relevante, ele não fica para ver ou ler o resto. Mais à frente vou falar de ferramentas para determinarmos que temas são relevantes para produzir conteúdo.

Depois de chamar a atenção, devemos desenvolver o assunto, criar interesse, identificando as dores, necessidades ou desejos do nosso público. Explicarei isso mais abaixo, quando falar de a quem dirigir o nosso conteúdo. É aqui que criamos identificação com quem nos lê ou ouve.

A terceira parte do nosso conteúdo deverá ser a solução para os pontos anteriores. É aqui que criamos autoridade, que mostramos que sabemos do que falamos, e criamos desejo no nosso público pelo nosso produto ou serviço.

Por fim, devemos sempre concluir o nosso post, artigo, vídeo, etc., com uma chamada para a ação. Dependendo do objetivo do nosso conteúdo, devemos pedir a quem o está a consumir para fazer uma (e apenas uma) coisa. Isso pode ser seguir a nossa página de rede social, subscrever uma newsletter ou serviço, comprar um produto, etc. Se o nosso conteúdo for eficaz, conseguimos criar autoridade, e o público estará mais propenso a anuir ao nosso pedido.

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A quem se dirige o conteúdo?

Podemos dirigir o nosso conteúdo para três tipos de audiência: toda a gente, o nosso público alvo ou a nossa persona. Aqui começamos a trabalhar a especificidade do nosso conteúdo. Se estivemos a criar conteúdo para toda a gente, estamos a tentar cativar uma larga audiência, que pode ou não conter pessoas interessadas no nosso produto ou serviço. Isso acontece no marketing tradicional, televisão, rádio ou imprensa, por exemplo.

Se falamos de marketing digital, temos a vantagem de estar a falar para o nosso público alvo, que é o conjunto representativo de pessoas a quem se dirige o nosso conteúdo. Um exemplo de público alvo pode ser ‘homens ou mulheres entre os 30 e os 45 anos, casados, sem filhos, que vivem no distrito do Porto’. Este pode ser o nosso público alvo se estivermos a vender um programa romântico especial para casais, por exemplo.

Persona é uma representação específica e fictícia do nosso público alvo. No caso do nosso exemplo anterior, a nossa persona poderia ser o Paulo, que tem 39 anos, casado há 12 anos, advogado, que gosta de ginásio e cinema e mora em Matosinhos. Personificamos o nosso público alvo de forma a direcionarmos e especificarmos o nosso conteúdo.

Apesar de ser fictícia, a nossa persona deve ser baseada em dados reais da nossa audiência. Essa informação pode e deve ser reunida através das ferramentas disponibilizadas pelas redes sociais, recolha de dados (leads), contacto direto, etc.

Quanto mais abrangente ou específica é a nossa audiência, mais abrangente ou específico é o nosso conteúdo.

E quando falamos de audiência, seja ela abrangente ou específica, temos de ter em conta as dores, necessidades ou desejos do nosso público alvo ou da nossa persona. Isto quer dizer que precisamos saber que solução o nosso público precisa, que problema tem de ser resolvido, ou que produto ou serviço ele deseja (mesmo que não o saiba e tenhamos de ser nós a fomentar esse desejo). Quanto mais específica for a nossa audiência, mais fácil será identificar as suas dores, necessidades ou desejos.

Conteúdo abrangente e específico.

Para explicar estes dois termos, vou dar o exemplo deste artigo que estão a ler. Produção de conteúdos é um assunto abrangente, pois estou a explicar as bases de toda a produção de conteúdos. Se quiser aprofundar o tema, poderei falar de produção de conteúdos para redes sociais. Se quiser especificar ainda mais, poderei escrever sobre produção de conteúdos para Instagram. E ainda posso especificar mais para conteúdos para stories, feed, anúncios, etc.

Quanto mais específico for o nosso conteúdo, mais específica e informada é a nossa audiência. O objetivo do nosso conteúdo pode também influenciar a abrangência ou especificidade do mesmo. Se o objetivo for geração de leads, o conteúdo poderá ser abrangente. Para gerar vendas já convém produzir um conteúdo mais específico.

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Onde vamos publicar o nosso conteúdo?

Obviamente, o nosso conteúdo será também influenciado pelo local de publicação. Por exemplo, todas as redes sociais são diferentes, não só no formato mas também no conteúdo, e convém criar conteúdo diferenciado para cada uma delas, mesmo que o objetivo seja o mesmo.

Um exemplo de diferenciação simples e prático foi-nos dado pelo primeiro desafio viral desta década, o Dolly Parton Challenge (#dollypartonchallenge). A popular cantora partilhou no Twitter uma montagem de 4 fotografias suas, cada uma com a legenda de uma rede social diferente: Linkedin, Facebook, Instagram e Tinder (que não é bem uma rede social, mas torna o desafio mais lúdico). Tínhamos portanto uma foto profissional, uma mais familiar e relaxada, outra mais estilizada e uma sensual, respetivamente. O mérito do desafio foi pôr as pessoas a pensar que tipo de look se adequava a cada rede social, consoante as características de cada uma delas e o objetivo de cada uma das publicações.

Este é exatamente o mesmo princípio a adotar para a criação de conteúdos. Não faz sentido eu fornecer um serviço a empresas e apenas o divulgar no Instagram e no Facebook, descurando a rede preferencial para este tipo de conteúdo, o Linkedin.

Ferramentas úteis.

Há muitas ferramentas online que nos ajudam nas várias etapas da produção de conteúdos. Vou apresentar algumas que poderão ser uma mais valia para variados tipos de conteúdos. as ferramentas que vou apresentar são gratuitas, embora tenham versão paga ou com assinatura que retira algumas limitações. (Aquelas que não tem link podem ser pesquisadas diretamente na App Store ou no Google Play, consoante usem um dispositivo Android ou IOS.)

Ubersuggest – Esta ferramenta é para pesquisa de palavras-chave e dá-nos as seguintes informações:

  • Visão geral da palavra-chave, com volume de buscas mensais, interesse ao longo do ano e até estimativa de custos para uso em links patrocinados
  • Sugestões de palavras-passe relacionadas com a pesquisada, para compararmos a performance.
  • Nível de dificuldade da palavra-chave em alcançar resultados orgânicos em SEO ou publicitados.
  • Dá-nos uma análise de resultados dos nossos concorrentes, que aparecem primeiro nas buscas do Google para as mesmas palavras-chave.

Com base nestas informações é mais fácil concebermos conteúdo baseado em palavras-chave que tenham mais procura nos motores de busca, ou seja, conteúdo mais relevante para a nossa audiência.

Answer the Public – Esta também é uma ferramenta para palavras-chave, mas com uma abordagem diferente. Digitando uma palavra-chave, ela mostra-nos as perguntas que as pessoas mais fazem sobre ela nos motores de busca. É uma ferramenta muito útil se quisermos especificar conteúdo a partir do seu termo genérico, uma vez que nos mostra as dores e necessidades mais procuradas e relacionadas com o nosso conteúdo.

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Space – Spaces for Instagram – Esta é uma ferramenta muito prática que nos permite criar parágrafos nos nossos posts do Instagram. Para conteúdos mais elaborados é fundamental uma apresentação que proporcione boa leitura. Com esta app, basta escrever o texto que queremos, com os espaçamentos que quisermos e copiarmos para a memória do equipamento. Basta colar no texto do Instagram e já está.

Snapseed – Esta é uma app para edição de fotografia muito simples e prática de usar. Cada vez mais se produz conteúdo a partir de dispositivos móveis e há aplicações muito úteis que não ficam atrás das que usamos no nosso computador de trabalho. Com esta app podemos fazer em segundos todas as correções que precisarmos, desde alterar dimensão, usar filtros, fazer correções de brilho ou contraste, etc.

Canva – Esta é uma aplicação que existe em todas as plataformas e pode ser usada em todos os dispositivos. Quando queremos criar uma imagem mais estilizada, com efeitos, texto ou outros elementos, podemos escolher entre centenas de templates prontos a usar. Além disso, estão organizados por formato de publicação, não nos fazendo perder tempo a escolher um template que não se adequa ao que pretendemos.

Cute Cut – Editor de vídeo muito simples e intuitivo. Tem a vantagem de ter uma timeline que permite arrastar e montar clips separados, aplicar-lhes efeitos ou transições e partilhá-los diretamente. Podemos também alterar formatos e exportar em formato HD. A versão gratuita, no entanto tem marca de água e limitação na duração total do vídeo.

Conclusão.

Como pudemos ver, há inúmeros fatores que influenciam o nosso conteúdo. No entanto, se estivermos a começar, não devemos esperar até os dominarmos a todos para começar a produzir conteúdo, até porque a melhor maneira de dominar alguma coisa é fazendo-a. E estar atento aos resultados. As métricas e estatísticas das nossas publicações vão-nos dizer que conteúdos funcionam ou não e quais os que nos dão melhores resultados, consoante os seus objetivos.

Se tiverem alguma questão sobre produção de conteúdos que queiram ver esclarecida ou alguma dúvida sobre outro tema (relacionado com as nossas áreas de atividade) e que gostassem de ver esclarecida num artigo deste género, usem a nossa caixa de comentários ou o nosso formulário de contacto. Se gostaram deste artigo e conhecerem alguém que possa beneficiar com este conteúdo, partilhem-no.

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